27 de outubro de 2008

Balanço - Terça-feira, Julho 12, 2005


Já tem quatro anos que eu me mudei para São Bernardo do Campo, que eu sai da casa dos meus pais, que eu comecei a me preocupar com a minha comida, com a minha roupa, e com essas coisas todas que vocês já cansaram de ler por aqui. Sim, estou com aquela conversinha de fiada sobre o tempo, sobre a vida, e se bobiar até comento que você cresceu, que peguei você no colo, e isso tudo por que eu estou envelhendo. Fico refletindo sobre tudo que me aconteceu nos últimos anos, o que essa mudança me trouxe, e chego em vários pontos que eu gostaria de explorar aqui, mas hoje eu fui ler malvados e dei de cara com uma tirinha que fala sobre uma coisa que eu tenho pensando esses tempos: amizade. Sinceramente, acho que é a maior balela. As minhas maiores traições e decepções foram frutos de amizades, o pouco que vivenciei já é motivo de sobra para o Milton Nascimento ser processado e proibido de cantar aquela música que fala de guardar amigo do lado direiro do peito. Acho que esse tipo de relacionamento nada mais é do que um jogo de interesses e não entendo essa supervalorização. Talvez eu esteja sendo amarga, mas foi o que eu aprendi nesses anos, e sabe o que é pior? Meu pai me avisou, e me avisou a vida toda, mas na época eu achava que o errado era ele.

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